SAV da Família Franciscana se reúne em Franca/SP para o Planejamento Anual

No dia de ontem (16), foi-se iniciada a reunião de planejamento do SAV da Família Franciscana. Desde que entramos na pandemia do coronavírus (COVID-19), as congregações femininas da nossa família e nós do SAV da Custódia, estreitamos nossos laços para bem melhor elaborarmos e executarmos os nossos trabalhos nesse serviço. Além de nossa Custódia, como Frades Menores (OFM), estão as Irmãs Franciscanas da Penitência (IFP) e as Irmãs Franciscanas Pequenas Missionárias Eucarísticas (PME). A equipe do Serviço de Animação Vocacional (SAV) esteve reunida no Convento Santa Maria dos Anjos, em Franca/SP.

O encontro iniciou às 14h15 com um momento de espiritualidade conduzida por Frei José Luiz da Costa, OFM (Vice-Coordenador do SAV) e em colaboração com as Irmãs presentes. Após o momento orante, Frei Eduardo Augusto Schiehl, OFM (Coordenador do SAV), deu as boas vindas aos presentes e, em seguida, apresentou o assessor, frade Agostiniano Recoleto, Frei André, que se dedica ao serviço de animador vocacional de sua província há 10 anos.

Frei André fez uma excelente análise do contexto de onde as vocações emergem. Com suas palavras: “O(a) Animador (a) Vocacional é uma ponte que liga a margem da realidade do vocacionado(a) com a margem do plano Divino”.

O frade agostiniano também partilhou sobre os desafios do trabalho vocacional dizendo que “antes de fazermos uma promoção vocacional, precisamos formar nossos frades e irmãs. Animá-los e motivá-los em suas vidas e vocações. Isso deve acontecer desde nosso superior(a) geral com seu definitório/conselho, os ministros locais, orientador local, até nossas comunidade/fraternidades religiosas. Estamos, antes, mostrando aos jovens nossa entidade com seus pesos e crises, seja nas homílias e nas formações, e isso afugenta em vez de atrair”. O segredo que sempre nos conduziu, continua o Frei, é apresentarmos o Cristo, nossa identidade carismática, nossa vida em sua essência e alegria, não deixarmos tudo isso na periferia de nossa vida.

A fala em destaque partilhado por Frei André foi quando ele disse que “preocupa-se com números, ‘produzir vocações’, desespero em termos vocações, preocupação com marketing e etc; muitas das vezes não dão resultados e se deixa de lado a qualidade do serviço. Não mostramos a nossa identidade, não mostramos Cristo, mas ressaltamos a entidade e suas estruturas”.

O encontro seguiu-se com orações, missa e momentos fraternos. No dia de hoje (17), foi iniciado com a oração das laudes e missa, seguida do café da manhã. Na sala de encontros, Frei Suelton Costa, OFM e Frei Lucas Oliveira, OFM animaram a todos(as) os presentes com cantos vocacionais. Em seguida, Frei Eduardo, OFM, invocou a Santíssima Trindade e abriu um momento para partilhas de vida e experiências de trabalhos no Serviço de Animação Vocacional, bem como ecoar aquilo que foi facilitado pelo assessor, Frei André, no dia de ontem. Foram falas sobre os desafios nas realidades de juventudes e vocacionados no dia de hoje e o ponto chave: animar os desanimados de nossa própria entidade, foi a preocupação dos participantes.

Nesse serviço “é preciso acreditarmos em nós mesmos, na nossa vocação, nos nossos serviços; que nossas entidades confiem também nos trabalhos e nos frades e irmãs que estão disponíveis, bem como investir em todos os âmbitos”, foi o que ressaltou-se em uma das partilhas.

Para bem compreenderem a missão de cada um enquanto animadores(as) vocacionais, se questionaram: “Fazemos um processo bonito de acolhidas e acompanhamentos, de visitas e diálogos com a família para o ingresso de um vocacionado em nossas entidades, mas fica um questionamento diante de nós do SAV: ‘estamos acompanhando-os e formando-os para compreender, viver e amar a Cristo?’”. O SAV e suas entidades têm suas crises de identidade e nessas crises, cresce a animação de mudar e trabalhar, porque há vida. Continuaram a indagar-se: “temos potenciais e muitos pontos positivos também. Temos vocações, mas como trabalhar cada uma? Como está a nossa acolhida e disposição em acolhê-los? Temos já de cara preconceitos/prejuízos por cada um/uma vocacionado(a)? Compreendemos que é necessário uma conversão vocacional e institucional?”. Linhas de algumas possíveis respostas foram analisadas também, para um bom aproveitamento: “Prioridades é estarmos vivos, como Religiosos, e isso só é possível quando investimos e priorizamos as vocações. A ultima palavra é o evangelho na decisão vocacional, na vida do(a) outro(a).”

Na segunda sessão do encontro, foram socializadas as agendas e prioridades como: presença forte nas paróquias, com os crismandos; missas vocacionais; formar e animar pastorais vocacionais com os leigos e leigas das nossas frentes de missão, com materiais e subsídios, vídeos, fotos, powerpoint, etc.

Por fim, após o almoço e descanso, Frei Eduardo, OFM, iniciou o encontro invocando a Santíssima Trindade e seguiu para a pauta prevista. O momento da tarde foi iniciado sem a presença das irmãs, pois a partir de então, foram tratados assuntos relacionados apenas ao SAV Custodial. Agradecemos a presença importantíssima das irmãs!

Na esperança de trilharmos um caminho de recomeço e renovação, os irmãos e irmãs do Serviço de Animação Vocacional, pediram a Deus luzes em seus caminhos e uma forte rede para pescarem frutos de Sua Graça, pois a graça é de graça quando o Senhor da messe e Pastor do Rebanho chama operários para sua vinha e os convida a missão, sem se preocuparem com nada no caminho. Que o Senhor nos abençoe e nos guarde!

PAZ e BEM!

SAV (Serviço de Animação Vocacional)