Thulio Fonseca (Vatican News)
“Hoje também, queridos irmãos e irmãs, meus pensamentos estão voltados para a Palestina e Israel. As vítimas estão aumentando e a situação em Gaza é desesperadora. Por favor, façam todo o possível para evitar uma catástrofe humanitária”, com estas palavras, com um tom de consternação na voz, o Papa fez seu apelo, ao final da Audiência Geral, para que se estabeleça a paz em todo o mundo.
“É preocupante a possível ampliação do conflito enquanto tantas frentes de guerra já estão abertas no mundo. Silenciem as armas, ouçam o grito de paz dos pobres, das pessoas, das crianças.”
A guerra apaga o futuro
Francisco, ao exortar toda a comunidade internacional, ressaltou que “a guerra não resolve nenhum problema: apenas semeia morte e destruição, aumenta o ódio, multiplica a vingança”. O Pontífice, ao afirmar que “a guerra apaga o futuro”, pediu aos fiéis que “assumam apenas um lado nesse conflito: o da paz”, não apenas com palavras, mas com a oração e atitudes concretas.
Dia de oração e penitência pela Paz
“Decidi convocar um dia de jejum e oração na sexta-feira, 27 de outubro, um dia de penitência para o qual convido os irmãos e irmãs das várias denominações cristãs, aqueles que pertencem a outras religiões e todos os que prezam a causa da paz no mundo, a participarem como acharem adequado.”
O convite do Papa se estende a todas as Igrejas particulares, para que unidas à sua iniciativa, “preparem momentos semelhantes que envolvam todo o povo de Deus na súplica pela Paz”. “Também neste dia, 27/10, às 18h (horário de Roma), na Praça São Pedro”, afirmou Francisco, “viveremos em espírito de penitência, uma hora de oração para implorar a paz neste mundo”.
Os ataques continuam
Enquanto o apelo de Francisco ecoa ao mundo, a dura realidade dos conflitos entre Israel e Palestina continua. Um bombardeio no hospital batista Al-Ahli Arabi, na Cidade de Gaza, causou centenas de vítimas na tarde de 17 de outubro. Fala-se em um verdadeiro massacre. Um chefe da defesa civil de Gaza disse à televisão Al-Jazeera que mais de 300 pessoas foram mortas no complexo de saúde.
Os dados das agências internacionais informam que desde o dia 7 de outubro, quando os militantes do Hamas invadiram as cidades israelenses matando mais de 1.300 soldados e civis, pelo menos 3.000 pessoas foram mortas na Palestina devido ao intenso bombardeio israelense, que já dura 11 dias.
Fonte: Vatican News