Frei Suelton, OFM será ordenado diácono na próxima sexta-feira (12)

Frei Suelton Costa de Oliveira, OFM

Queridos irmãos e irmãs, PAZ e BEM!

É com grande alegria que a nossa Fraternidade Custodial na próxima sexta-feira (12), reunida estará na Paróquia Nossa Sra. de Fátima de Uberaba/MG, para a celebração eucarística onde o nosso confrade, Frei Suelton Costa de Oliveira, OFM será ordenado diácono, pela “Imposição das Mãos e Prece de Ordenação” de Dom Paulo Mendes Peixoto, Arcebispo Metropolitano de Uberaba/MG.

Por isso, a Equipe de Comunicação de nossa Custódia, entrou em contato com o referido confrade para entrevistá-lo e assim, partilhar com todos vocês, nossos amigos e benfeitores, um pouco desta trajetória de vida e vocação.

Acompanhe conosco!


CONHECENDO UM POUCO DE SUA VIDA E VOCAÇÃO

Fonte: Arquivo Custodial

Equipe de Comunicação – Conte-nos um pouco da sua história e vocação!

Me chamo Frei Suelton Costa de Oliveira, OFM. Filho de George Batista e Cláudia Doroti Costa, nasci aos 26 de Abril de 1992, na cidade de Campina Grande/PB. Tenho três irmãos: Sulyvan, Sumaya e Emanuel. Aos 03 de agosto de 1997, pelas mãos de Frei Lauro, OFM (In Memoriam), fui batizado, na Paróquia São Francisco de Assis, na Diocese de Campina Grande/PB, onde recebi toda a formação catequética, os sacramentos e ingressei no serviço de coroinha. Minha 1ª Comunhão foi no ano de 2004, conferida por Frei Urbano Kaup, OFM (In Memoriam), este que foi um grande incentivador de minha vocação franciscana. Vivi na minha cidade de origem até os dezenove anos, onde por lá cursei as escolas primária e secundária, e exerci alguns trabalhos remunerados.

Em julho de 2011, deixei a casa de minha família e parti para São Francisco do Conde/BA para ingressar na Vida Religiosa Franciscana, iniciando o Pré-Postulantado no Convento Santo Antônio, sob a orientação formativa de Frei Rogério Rodrigues, OFM. No início de 2012 fui transferido para o Postulantado no Convento São Boaventura, em Triunfo/PE. Em maio daquele mesmo ano, fui crismado pelo então bispo diocesano, Dom Egídio Bisol.

Em janeiro de 2013, na cidade de Bacabal/MA, fui revestido pela 1ª vez do hábito franciscano. Em seguida, fui para a Fraternidade do Noviciado Interprovincial, em Teresina/PI. Vivi por lá até o final de julho, quando o Noviciado fora transferido para Marcos Parente, no sul do Piauí, e lá permaneci até 05 de outubro, quando retornei para a família.

Após um tempo de reflexão, de estudos teológicos e técnico de agropecuária, e trabalhando, senti ainda o forte desejo vocacional e decidi retomar a caminhada franciscana, graças a Deus e por intermedio de meus confrades, Frei Alleanderson, OFM, e Frei Israel Cardoso, OFM, que deram grande apoio e força.

No segundo semestre de 2015, fiz uma belíssima experiência na Custódia Franciscana do Sagrado Coração de Jesus, que me acolheu e incentivou minha retomada vocacional. Destaco a grande acolhida dos confrades, de modo particular de Frei José Luiz da Costa, OFM, Frei Joaquim Camilo Alves, OFM, Frei João Lourenço Bóga, OFM, Frei Valdemir Nelo Rufino, OFM (Frei Miro), e Frei Flaerdi Silvestre Valvassori, OFM. Na oportunidade, passei por Olímpia/SP, onde fiz convivência com os Aspirantes, no Convento São Boaventura. No Convento Santa Maria dos Anjos, em Franca/SP, fui readmitido ao Postulantado, junto com o companheiro de turma Frei João Paulo Gabriel Mendes de Moraes, OFM. Fomos acompanhados por Frei Joaquim Camilo, OFM e Frei João Lourenço, OFM que tornaram-se pais espirituais, Frei David Précaro, OFM (In memoriam) também fazia parte desta fraternidade.

Em 2016, fiz novamente o Noviciado, na Fraternidade Comum em Catalão/GO, sendo Frei Bruno Alexandre Scapolan, OFM o mestre de formação, Frei Aluísio Júnior, OFM e Frei Ronildo Arruda, OFM colaboradores do Coetus Formatorum. Professei os primeiros votos em 03 de janeiro de 2017. Estudei Filosofia em Marília/SP, pela Faculdade João Paulo II e fui colaborador de pastoral na Paróquia Nossa Senhora de Fátima. Em 2019 escrevi um projeto para o ano missionário de vivenciar junto com os sem-terra no Rio Grande do Sul, mas tive que deixar de lado tal projeto para abraçar uma outra proposta vinda da Fraternidade Missionária de Capaccio, no sul da Itália. Lá vivi dois anos (2020-2021) com Frei Ademir Francisco Matilde, OFM (Frei Neco), Frei Flaerdi Silvestre Valvassori, OFM e Frei Patrick Roberto de Souza, OFM, auxiliando nos trabalhos pastorais e no serviço junto aos imigrantes que ali procuram refúgio, pois, das suas terras natal, fogem da fome, do desemprego e da guerra. Ao final desta experiência, a Fraternidade e o Conselho Custodial aprovaram meu pedido para a Profissão Perpétua que realizei no dia 03 de junho de 2022 na Paróquia São Francisco de Assis, em minha cidade natal.

Neste mesmo ano, iniciei os estudos teológico e morei nas Fraternidades de Bebedouro/SP (fevereiro a outubro) e Olímpia/SP (outubro a janeiro), prestando os serviços pastorais junto do povo de Deus e na Assistência Espiritual da OFS e JUFRA. Por necessidade fraterna e pastoral, no final daquele ano de 2022 fui transferido para Uberaba/MG, onde atualmente vivo entre os mineiros, um povo acolhedor e animado e, nessa Paróquia Nossa Senhora de Fátima, colaboro na evangelização, junto a Fraternidade, com Frei Anízio Rodrigues de Oliveira Filho, OFM e Frei Reinaldo Silva Augusto, OFM, meu irmão e guardião.

Faço parte da Equipe de Comunicação e do Serviço de Justiça, Paz e Integridade de Criação (JPIC), como frentes de Missão e Evangelização de nossa Custódia. Também colaboro no Colegiado da Assistência Espiritual da Juventude Franciscana do Brasil. Recentemente fiz uma rica experiência na região Amazônica, onde pude acompanhar diversas realidades diferenciadas no mundo amazônico como: as Comunidades Camponesas, as Comunidades Ribeirinhas, as Comunidade Quilombolas, as Comunidades de Pescadores, as Comunidades Eclesiais de Base e as Comunidades Indígenas. Lugares com uma riqueza eclesial bem particular em cada uma delas. Com isso, pude fazer dessa experiência uma maravilhosa possibilidade de conhecer diversidades eclesial que têm sido muito enriquecedoras na minha vida e vocação.

Nesses dias, após eleição e indicação da comunidade e fraternidade onde estou inserido, pela imposição das mãos de Dom Paulo Mendes Peixoto, bispo desta Arquidiocese de Uberaba/MG e pela oração da Igreja, serei fortalecido com o dom do Espírito Santo, para auxiliar no serviço da Palavra, do altar e da caridade, tornando-se servo de todos como diácono.

Dai-lhes vós mesmo de comer” (Mt 14, 16) é o lema escolhido como propósito de vida para missão e evangelização onde eu for e estiver. Por isso, imploro constantemente o auxílio de Deus na minha vida e na minha vocação, para ser fiel ao seu chamado.

⁠Equipe de Comunicação – O que o Frei Suelton está pedindo a Igreja e a sua Fraternidade Franciscana é a Ordenação Diaconal. Explique-nos um pouco sobre isso e qual o sentido dela para o Frade Menor?

A Ordenação Diaconal é um passo significativo na vida de um Frade Menor, tem um grande significado para a Igreja e para a comunidade. A Ordenação Diaconal é o primeiro grau do Sacramento da Ordem. O diácono é ordenado para o serviço, tanto litúrgico quanto pastoral, e assume um papel vital na comunidade cristã.

Para um Frade Menor, a ordenação diaconal representa uma extensão de seu compromisso com a vida evangélica e o carisma franciscano. São Francisco de Assis não foi ordenado sacerdote, mas é frequentemente lembrado como um diácono devido sua vida de serviço e humildade.

A ordenação diaconal enfatiza o serviço, que está no coração da Espiritualidade Franciscana. Os Frades Menores se comprometem a seguir o exemplo de Cristo, que veio para servir e não para ser servido. A vocação do Diácono é vivida em humildade e simplicidade, valores centrais para nós Franciscanos. O Frade Menor ordenado Diácono é chamado a ser um sinal de Cristo servo no meio do povo. E, como Diácono, o Frade tem a missão de proclamar o Evangelho através da pregação, do ensino e do testemunho, principalmente, algo que está alinhado com a missão Franciscana de levar a boa nova a todas as criaturas.

O sentido é que, o ser Diácono é uma vocação rica em significado tanto para o Frade como para a comunidade. Ela é uma continuação de seu compromisso franciscano de viver o Evangelho através do serviço humilde, é um ministro essencial que serve nas liturgias e nas obras de caridade e é um testemunho vivo de fé e serviço, ajudando a levar a mensagem de Cristo a todos os cantos da comunidade.

Equipe de Comunicação – Qual sentido de fé e a relação da Igreja em sua vida?

A fé, para mim, é a confiança plena em Deus, do qual, por meio de Sua Graça, Ele nos concede como dom que preciso constantemente alimentar para que não se pereça em minha vida, dentro de um relacionamento vivo e verdadeiro entre eu e Ele. A fé não é apenas uma aceitação intelectual de doutrinas, mas uma entrega total e pessoal a Deus, manifestada na confiança, amor e fidelidade.

A Igreja desempenha um papel crucial na minha vida, pois oferece um apoio espiritual, ajudando a crescer na fé e a enfrentar os desafios da vida e da vocação. Por meio da Igreja tenho os sacramentos, meios de graça instituídos por Cristo, essenciais para a vida espiritual, particularmente, me dá a graça na participação da Eucaristia, centralidade que uni a Cristo e aos irmãos e irmãs.

Na Igreja, tenho a graça de aprender e interpreta a Palavra de Deus, com a missão de evangelizar, onde posso ajudar a outros e outras a também compreender a fé e vivenciar os ensinamentos de Cristo. Com a Igreja tenho a oração comunitária, individual, uma vida de oração é profundamente enriquecida que me leva a entrar em sintonia com o Divino. A Igreja envolve-se em obras de caridade e justiça social, respondendo às necessidades dos pobres e marginalizados, e defendendo a dignidade humana, é nessa Igreja que acredito, confio e abraço.

A fé é um dom de Deus que nos chama a uma relação íntima e pessoal com Ele através de Jesus Cristo. A Igreja é o lugar onde essa fé é vivida, nutrida e expressa. A Igreja oferece uma comunidade de apoio, administra os sacramentos, ensina a verdade revelada, engaja-se em missão e serviço, e promove uma vida de oração. Assim, a fé e a Igreja estão intrinsecamente ligadas e nisso minha vida também, vou sendo guiado nesse caminho espiritual e sendo ajudado para crescer em santidade e amor.

⁠Equipe de Comunicação – O que diria para um jovem que deseja ingressar na Vida Religiosa hoje?

Ingressar na vida religiosa é uma decisão profunda e significativa, que exige discernimento e reflexão. Algumas palavras de encorajamento e orientação que possa ajudar um jovem, hoje, que deseja seguir esse caminho é que, tire sempre um tempo para oração e meditação. Peça a Deus para revelar Sua vontade em sua vida. O discernimento é essencial para entender se a vida religiosa é realmente o seu chamado. Converse com um diretor espiritual, eles podem oferecer conselhos valiosos e ajudá-lo a discernir seu chamado com mais clareza.

Existem muitas ordens religiosas, cada uma com seu carisma e missão específicos. Nós Franciscanos somos uma Ordem de 800 anos que iniciou com São Francisco, na cidade de Assis, um jovem que foi atraído por Deus e intuído pelo Espírito Santo iniciou um movimento que aqueceu seu coração e respondeu a suas inquietações interiores. A vida religiosa envolve votos de pobreza, castidade e obediência. Refletir sobre o que esses compromissos significam e como eles se alinham com sua vocação e seus valores são essenciais.

A oração é a base da vida religiosa. Comece a estabelecer uma rotina de oração diária, leitura da Bíblia e participação nos sacramentos. Trabalhe no desenvolvimento de virtudes como a humildade, a paciência, a caridade e a fé. Essas virtudes serão essenciais na sua jornada religiosa. Envolva-se em atividades e ministérios na sua paróquia local. Isso não apenas fortalecerá sua fé, mas também lhe dará uma experiência prática de servir aos outros. Dedique-se a obras de caridade e serviço social. A vida religiosa envolve servir aos pobres, doentes e marginalizados. Lembre-se de que Deus tem um plano para você e que Ele guiará seus passos. Tenha fé e confiança na Sua providência, mesmo quando o caminho parecer incerto. A vida religiosa é vivida em comunidade. Valorize a fraternidade e a vida comunitária, sabendo que você será apoiado por seus irmãos ou irmãs na fé. Como religioso, você será um testemunho vivo do amor de Cristo no mundo. Deixe sua vida refletir a alegria, a paz e o amor de Deus. A vida religiosa é um caminho de santidade. Esforce-se para crescer em santidade e proximidade com Deus, inspirando os outros a fazerem o mesmo.

Ingressar na vida religiosa é um chamado especial e uma jornada de profunda transformação espiritual. É uma oportunidade para servir a Deus e ao próximo de uma maneira única e significativa. Se você sente esse chamado, confie no Senhor e dê os passos necessários com coragem e fé. Lembre-se de que você não está sozinho nesta jornada; a Igreja e a comunidade religiosa estarão ao seu lado, apoiando-o e guiando-o em cada etapa do caminho.


CONVITE


TRANSMISSÃO – CANAL: “FRATERNIZAR SCJ”


Agradecidos a Deus pelo vida deste irmão, desejamos perseverança em sua vida e vocação. Que Deus, por intercessão de São Francisco e Santa Clara, ajude o Frei Suelton, OFM cotidianamente em vosso serviço e missão.

Equipe de Comunicação