
Uma experiência transformadora vivida no coração da América Central, onde a espiritualidade franciscana, a cultura viva e a simplicidade do povo guatemalteco revelaram caminhos de fé, serviço e fraternidade.
Guatemala – A breve permanência na Guatemala foi marcada por essa mistura de expectativa e esperança. Minha missão inicial seria junto aos migrantes acolhidos na casa de Mezquital; entretanto, a diminuição do fluxo migratório impediu que esse trabalho se concretizasse.

Diante desse novo cenário, foi preciso redirecionar os passos. Tive a alegria de conhecer de perto o magnífico trabalho das obras socias Santo Hermano Pedro realizado pelos frades da Província. Fui acolhido com simplicidade e ternura, e pude observar a grandeza das obras sustentadas pelo amor e pela dedicação de cada frade e colaborador. O serviço prestado aos mais vulneráveis é, sem dúvida, fonte inesgotável de inspiração para todo frade em formação, que busca compreender e viver, de forma autêntica, os ideais de obediência, castidade e pobreza, conforme a espiritualidade de nosso pai Seráfico São Francisco de Assis.

Trago comigo uma profunda gratidão às fraternidades que, com genuína disponibilidade e olhar fraterno, recebem o irmão que chega. Essa acolhida, tão cheia de sensibilidade e ternura, é um verdadeiro testemunho do Evangelho vivido no cotidiano. Cada encontro, cada gesto e cada palavra tornaram-se aprendizado e sinal da presença viva de Cristo entre nós. Aprender, afinal, é um processo contínuo, e quando feito em fraternidade, torna-se caminho de alegria e amadurecimento.

As experiências vividas nas fraternidades guatemaltecas reforçaram em mim a certeza de que a vida franciscana é um reflexo luminoso do seguimento de Cristo. Em cada frade percebi o brilho sereno de quem vive o Evangelho com simplicidade e entrega, tornando visível o amor que se traduz em acolhida e serviço. A solicitude e o empenho de cada fraternidade são pilares que fortalecem a vocação e mantêm viva a chama do carisma franciscano. Estas experiências foram decisivas para o meu crescimento humano, espiritual e franciscano.

Com o coração repleto de gratidão, digo: obrigado, Província Nossa Senhora de Guadalupe; obrigado fraternidades; obrigado irmãos frades menores; obrigado Guatemala.
Frei André Luís dos Santos, OFM









