Frei Suelton, OFM será ordenado sacerdote na próxima sexta-feira (25)

Frei Suelton Costa de Oliveira, OFM

Queridos irmãos e irmãs, PAZ e BEM!

É com grande alegria que a nossa Fraternidade Custodial na próxima sexta-feira (25), reunida estará na Paróquia Nossa Sra. de Fátima de Uberaba/MG, para a celebração eucarística onde o nosso confrade, Frei Suelton Costa de Oliveira, OFM será ordenado sacerdote, pela “Imposição das Mãos e Prece de Ordenação” de Dom Paulo Mendes Peixoto, Arcebispo Metropolitano de Uberaba/MG.

Por isso, a Equipe de Comunicação de nossa Custódia, entrou em contato com o referido confrade para entrevistá-lo e assim, partilhar com todos vocês, nossos amigos e benfeitores, um pouco desta trajetória de vida e vocação.

Acompanhe conosco!


CONHECENDO UM POUCO DE SUA VIDA E VOCAÇÃO

Fonte: Arquivo Custodial

Equipe de Comunicação – Conte-nos um pouco da sua história e vocação!

Me chamo Frei Suelton Costa de Oliveira, OFM. Filho de George Batista e Cláudia Doroti Costa, nasci aos 26 de Abril de 1992, na cidade de Campina Grande/PB. Tenho três irmãos: Sulyvan, Sumaya e Emanuel. Aos 03 de agosto de 1997, pelas mãos de Frei Lauro, OFM (In Memoriam), fui batizado, na Paróquia São Francisco de Assis, na Diocese de Campina Grande/PB, onde recebi toda a formação catequética, os sacramentos e ingressei no serviço de coroinha. Minha 1ª Comunhão foi no ano de 2004, conferida por Frei Urbano Kaup, OFM (In Memoriam), este que foi um grande incentivador de minha vocação franciscana. Vivi na minha cidade de origem até os dezenove anos, onde por lá cursei as escolas primária e secundária, e exerci alguns trabalhos remunerados.

Em julho de 2011, deixei a casa de minha família e parti para São Francisco do Conde/BA para ingressar na Vida Religiosa Franciscana, iniciando o Pré-Postulantado no Convento Santo Antônio, sob a orientação formativa de Frei Rogério Rodrigues, OFM. No início de 2012 fui transferido para o Postulantado no Convento São Boaventura, em Triunfo/PE. Em maio daquele mesmo ano, fui crismado pelo então bispo diocesano, Dom Egídio Bisol.

Em janeiro de 2013, na cidade de Bacabal/MA, fui revestido pela 1ª vez do hábito franciscano. Em seguida, fui para a Fraternidade do Noviciado Interprovincial, em Teresina/PI. Vivi por lá até o final de julho, quando o Noviciado fora transferido para Marcos Parente, no sul do Piauí, e lá permaneci até 05 de outubro, quando retornei para a família.

Após um tempo de reflexão, de estudos teológicos e técnico de agropecuária, e trabalhando, senti ainda o forte desejo vocacional, e então decidi retomar a caminhada franciscana, graças a Deus e por intermedio de meus confrades: Frei Hermano, OFM, Frei Zezinho, OFM, Frei Pedro Júnior, OFM, Frei Alleanderson, OFM, e Frei Israel Cardoso, OFM, que deram grande apoio e força.

No segundo semestre de 2015, fiz uma belíssima experiência na Custódia Franciscana do Sagrado Coração de Jesus, que me acolheu e incentivou minha retomada vocacional. Destaco a grande acolhida dos confrades, de modo particular de Frei José Luiz da Costa, OFM, Frei Joaquim Camilo Alves, OFM, Frei João Lourenço Bóga, OFM, Frei Valdemir Nelo Rufino, OFM (Frei Miro), e Frei Flaerdi Silvestre Valvassori, OFM. Na oportunidade, passei por Olímpia/SP, onde fiz convivência com os Aspirantes, no Convento São Boaventura. No Convento Santa Maria dos Anjos, em Franca/SP, fui readmitido ao Postulantado, junto com o companheiro de turma Frei João Paulo Gabriel Mendes de Moraes, OFM. Fomos acompanhados por Frei Joaquim Camilo, OFM e Frei João Lourenço, OFM que tornaram-se pais espirituais, Frei David Précaro, OFM (In memoriam) também fazia parte desta fraternidade.

Em 2016, fiz novamente o Noviciado, na Fraternidade Comum em Catalão/GO, sendo Frei Bruno Alexandre Scapolan, OFM o mestre de formação, Frei Aluísio Júnior, OFM e Frei Ronildo Arruda, OFM colaboradores do Coetus Formatorum. Professei os primeiros votos em 03 de janeiro de 2017. Estudei Filosofia em Marília/SP, pela Faculdade João Paulo II e fui colaborador de pastoral na Paróquia Nossa Senhora de Fátima. Em 2019 escrevi um projeto para o ano missionário de vivenciar junto com os sem-terra no Rio Grande do Sul, mas tive que deixar de lado tal projeto para abraçar uma outra proposta vinda da Fraternidade Missionária de Capaccio, no sul da Itália. Lá vivi dois anos (2020-2021) com Frei Ademir Francisco Matilde, OFM (Frei Neco), Frei Flaerdi Silvestre Valvassori, OFM e Frei Patrick Roberto de Souza, OFM, auxiliando nos trabalhos pastorais e no serviço junto aos imigrantes que ali procuram refúgio, pois, das suas terras natal, fogem da fome, do desemprego e da guerra. Ao final desta experiência, a Fraternidade e o Conselho Custodial aprovaram meu pedido para a Profissão Perpétua que realizei no dia 03 de junho de 2022 na Paróquia São Francisco de Assis, em minha cidade natal.

No mesmo ano, 2022, iniciei os estudos teológico e morei nas Fraternidades de Bebedouro/SP (fevereiro a outubro) e Olímpia/SP (outubro a janeiro), prestando os serviços pastorais junto do povo de Deus e na Assistência Espiritual da OFS e JUFRA. Por necessidade fraterna e pastoral, no final daquele ano fui transferido para Uberaba/MG, onde morei com Frei Anízio, OFM, pároco no período, e Frei Reinaldo, OFM, que era guardião da Fraternidade.

No Capítulo Custodial do ano passado, 2024, foi renovado minha permanência nesta Fraternidade de Uberaba/MG. O Congresso Capitular me elegeu como Guardião da Fraternidade e atuo como Diácono Cooperador, na nossa Paróquia Nossa Senhora de Fátima, onde colaboro na evangelização junto aos confrades, Frei Luís Fernando, OFM e Frei Sinivaldo, OFM.

Atualmente estou como Coordenador da Comunicação, vice-coordenador do Serviço de Animação Vocacional (SAV), como Frentes de Missão e Evangelização de nossa Custódia, e integro a Equipe da Formação Permanente, como Animador responsável das Fraternidades que estão no Regional Triângulo Mineiro. Também colaboro no Colegiado da Assistência Espiritual da Juventude Franciscana do Brasil (JUFRA), desde outubro de 2023, e na Assistência da OFS local de Uberaba/MG.

Em abril e maio de 2024, fiz uma rica experiência na região Amazônica, onde pude acompanhar diversas realidades diferenciadas no mundo amazônico como: as comunidades camponesas, as comunidades ribeirinhas, as comunidade quilombolas, as comunidades de pescadores, as Comunidades Eclesiais de Base e as comunidades indígenas. Lugares com uma riqueza eclesial bem particular em cada uma delas, foi muito enriquecedor para minha vida e vocação.

Após eleição e indicação da comunidade e Fraternidade onde estou inserido, pela imposição das mãos de Dom Paulo Mendes Peixoto, Arcebispo desta Arquidiocese de Uberaba/MG e pela Oração da Igreja, fui ordenado diácono transitório no dia 12 de julho de 2024. O Lema que escolhi foi: “Dai-lhes vós mesmo de comer” (Mt 14, 16), como propósito de vida para missão e evangelização onde eu for e estiver. Por isso, imploro constantemente o auxílio de Deus na minha vida e na minha vocação, para ser fiel ao seu chamado.

No próximo dia 25 de abril, vésperas do meu aniversário natalício, serei ordenado sacerdote/presbítero, também pela Prece de Ordenação e Imposição das Mãos de Dom Paulo. Desta vez, o lema escolhido é: “Eu dou minha vida pelas ovelhas” do evangelho de João 10, 15. Que Cristo, o verdadeiro e Bom Pastor, possa me auxiliar nesse serviço que me coloco a disposição, por meio do seu Amor ao povo e a esse indigno servo.

⁠Equipe de Comunicação – O que o Frei Suelton está pedindo a Igreja e a sua Fraternidade Franciscana é a Ordenação Presbiteral. Explique-nos um pouco sobre isso e qual o sentido dela para o Frade Menor?

A Ordenação Presbiteral é o sacramento pelo qual um diácono recebe o ministério sacerdotal, sendo configurado a Cristo para servir à Igreja através da pregação da Palavra, da celebração dos sacramentos e do pastoreio do povo de Deus. Ao ser ordenado presbítero, o frade assume a missão de agir “in persona Christi”, tornando-se um instrumento vivo da graça divina, especialmente na Eucaristia e na reconciliação dos fiéis.

Para um Frade Menor, a ordenação não é uma elevação a uma posição de poder, mas um chamado ainda mais profundo ao serviço, à humildade e à fraternidade, conforme o carisma deixado por São Francisco de Assis. O santo de Assis, embora não tenha sido sacerdote, sempre viu o ministério sacerdotal com grande respeito, enfatizando que o presbítero deve ser um servo dos irmãos, vivendo com simplicidade, desapego e proximidade com os mais pobres.

Assim, ao pedir à Igreja e a Fraternidade Custodial a Ordenação Presbiteral, desejo entregar a vida de forma ainda mais plena ao serviço do Evangelho, seguindo os passos de Cristo Servo e Bom Pastor. Para mim, como para qualquer frade que recebe esse chamado, a ordenação não anula a vocação franciscana, mas a aprofunda, unindo o espírito da fraternidade ao compromisso de ser mediador dos sacramentos e da misericórdia de Deus no meio do povo.

Equipe de Comunicação – Qual sentido de fé e a relação da Igreja em sua vida?

A fé é um dom de Deus que nos conduz a uma relação viva e profunda com Ele. Ela não é apenas um sentimento ou uma ideia, mas um ato de entrega e confiança, um caminho de encontro com Cristo e com sua vontade. Ter fé significa acreditar, mesmo sem ver, e caminhar na esperança de que Deus sempre nos sustenta e nos guia. Como nos ensina a Carta aos Hebreus: “A fé é a certeza daquilo que ainda se espera, a demonstração de realidades que não se veem.” (Hb 11,1)

A Igreja tem um papel fundamental nesse caminho de fé. Ela é mãe e mestra, a comunidade dos discípulos de Cristo que, unida pelo Espírito Santo, caminha na história anunciando o Reino de Deus. É na Igreja que somos batizados, alimentados pela Palavra e pela Eucaristia, fortalecidos na fraternidade e enviados em missão. Como Corpo Místico de Cristo, a Igreja nos ensina, nos acompanha e nos ajuda a crescer na santidade.

A relação entre fé e Igreja é inseparável, pois, como dizia São Francisco de Assis, “O Espírito do Senhor e sua santa operação habitam nos que creem verdadeiramente”, e a fé se manifesta na comunhão fraterna. Por isso, viver a fé é também viver em comunidade, servindo e amando, como Cristo nos ensinou.

⁠Equipe de Comunicação – O que diria para um jovem que deseja ingressar na Vida Religiosa hoje?

Se em seu coração ressoa o chamado para a Vida Religiosa, saiba que este é um convite especial de Deus, um mistério de amor que Ele deposita naqueles que escolhe. Em meio a um mundo cheio de vozes e caminhos, o desejo de seguir Cristo mais de perto é um sinal da ação do Espírito Santo em sua vida.

Ingressar na Vida Religiosa não significa fugir dos desafios do mundo, mas assumir um compromisso radical com o Evangelho. É escolher viver para Deus e para os irmãos, em simplicidade, fraternidade e serviço. É um caminho de doação, alegria e entrega, onde Cristo se torna o centro de tudo.

Não tenha medo! Se Deus lhe chama, Ele mesmo sustentará sua caminhada. A Vida Religiosa não é feita de certezas humanas, mas de fé e confiança na providência divina. Busque discernir esse chamado com oração, escuta da Palavra e acompanhamento vocacional. Abra seu coração e deixe-se conduzir pelo Senhor, pois Ele “chama pelo nome aqueles que escolheu.” (Jo 10,3)

E lembre-se: se é Cristo quem te chama, vale a pena segui-Lo! Como dizia São Francisco de Assis, “comece fazendo o necessário, depois o possível, e de repente você estará fazendo o impossível”.

Que Deus ilumine seu caminho e que Nossa Senhora guie seus passos na descoberta da vocação. Com as Bênçãos de Deus na intercessão do Seráfico Pai São Francisco e Santa Clara de Assis.


CONVITE


TRANSMISSÃO – CANAL: “FRATERNIZAR SCJ”


Agradecidos a Deus pelo vida deste irmão, desejamos perseverança em sua vida e vocação. Que Deus, por intercessão de São Francisco e Santa Clara, ajude o Frei Suelton, OFM cotidianamente em vosso serviço e missão.

Equipe de Comunicação