LEITURAS: Rm 6,3-11 / Mt 28,1-10
Cristo ressuscitou, aleluia!
Depois de apresentar os momentos mais importantes da história da salvação, mostrando que Deus criou tudo por um amor infinito, a liturgia nos faz reviver a alegria da ressurreição de Jesus. De fato, desde a criação da humanidade, vemos Deus presente com os seus filhos e filhas para dar-lhes vida, para libertá-los da opressão, para garantir-lhes vida plena e para dar-lhes vitória sobre a morte.
São Mateus narra o momento em que Maria Madalena e Maria (mãe de Tiago) vão bem cedo no Domingo para “ver” o túmulo de Jesus. Elas serão as primeiras testemunhas da ressurreição do Mestre que fora crucificado e morreu na cruz. São Mateus conta que houve um terremoto e apareceu um anjo. O terremoto significa que Deus está presente, como se vê em muitas passagens do Antigo Testamento e também no texto que narra Pentecostes. O anjo é o mensageiro que anuncia às mulheres que Jesus crucificado ressuscitou e que mostra-lhes o túmulo vazio. Depois envia as mulheres para “contar aos discípulos que Ele ressuscitou dos mortos”.
Medo e alegria tomam conta de Maria Madalena e a outra Maria que saem correndo para o anúncio com “grande alegria” que supera o medo. No caminho encontram o próprio Jesus ressuscitado e “prostram-se diante dele abraçando os seus pés”. Este é o gesto de adoração e reconhecimento do Mestre que realiza milagres. Estas mulheres são discípulas que não arredaram pé do Mestre, seja quando carregava a cruz, quando estava pregado nela, seja agora quando já está ressuscitado. Mais uma vez, elas são enviadas para anunciar aos demais discípulos que Jesus está vivo e eles o “verão na Galileia”.
A alegria da Páscoa cristã deixa o Domingo repleto de alegria pela grande vitória da vida sobre a morte. A ressurreição abateu o poder da morte que Jesus venceu passando pela cruz. O testemunho de Paulo na carta aos Romanos é contundente dizendo: “sabemos que Cristo ressuscitado dos mortos não morre mais; a morte já não tem poder sobre ele”. Por isso, aqueles que morrem com Cristo, viverão com Ele. Esta certeza deve encher os cristãos de alegria como filhos e filhas amados por Deus e enviados ao mundo como testemunhas de que a vida vence a morte.
A Páscoa dos cristãos de hoje deve ser repleta de alegria e, ao mesmo tempo, deve ser compromisso e ocasião de envio ao mundo, tão ferido de morte, para testemunhar que a vida tem mais poder, é dom de Deus e precisa ser defendida com amor.
Frei Valmir Ramos, OFM