Triângulo Mineiro: 70 anos da presença e evangelização dos Frades Franciscanos

Em 13 de agosto de 1953, chegavam em Uberlândia, Minas Gerais, após desembarcarem em São Paulo, no dia 07 de agosto, frades provenientes da Província Salernitana-Lucana da Imaculada Conceição, Itália. Os frades que iniciaram a Fundação Franciscana de Nossa Senhora de Fátima, na região do Triângulo Mineiro e Alto Paranaíba, em Minas Gerais foram:

  1. Demetrio Calicchio, Delegado Provincial da Fundação e, Pároco de N, S. Fatima, em Araguari.
  2. Egidio Parisi, Vigário da Missão e de todas as obras, Primeiro Conselheiro.
  3. Marcello De Beaumont, Doutor em Missiologia, Segundo Conselheiro.
  4. Adalberto Tarallo, Doutor em in Missiologia, Terceiro Conselheiro.
  5. Lino Giuliano, Coadjutor na Paróquia.
  6. Gennaro Scarpetta, Coadjutor na Paróquia.
  7. Giuliano Cinque, irmão leigo, Sacristão, Catequista.

Uma resposta missionária

Desde 1949, quando o Ministro Geral, Frei Agostino Sépinski, fez um chamado missionário à Ordem dos Frades Menores em relação à América Latina, a Província Salernitano-Lucana, na Itália, empenhou-se em responder a esse chamado. Foi estabelecido um Círculo Missionário na Província, que atraiu diversos frades com vocação missionária. Iniciaram-se negociações com o ordinário diocesano de Guina, na Venezuela, em 1950. Contudo, essas tratativas não progrediram após dois anos.

No ano de 1952, o Bispo Diocesano de Uberaba, Dom Alexandre Gonçalves do Amaral, devido ao amplo território de sua diocese e à escassez de sacerdotes, solicitou à Província que estabelecesse uma missão para atender a essas demandas. Ele ofereceu duas paróquias para esse propósito. O Ministro Provincial, Frei Agostino Castrillo, respondeu ao Bispo de Uberaba que esse pedido da diocese havia sido encaminhado à Cúria Geral da Ordem para trâmites legais a serem conduzidos pela Secretaria de Missões da Ordem. Em 29 de dezembro de 1952, a Província de Santa Cruz, Minas Gerais, recebeu do secretário-geral dos Frades Menores um pedido para ceder um território que coincidia com a então Diocese de Uberaba à província italiana.

Nos primeiros dias de janeiro de 1953, o Bispo Alexandre enviou um documento oficial no qual renovava à Província Salernitana-Lucana a oferta de duas paróquias. Uma delas foi a de Nossa Senhora de Fátima em Araguari, erigida em 13 de maio de 1953, e a outra que seria erigida em Uberlândia. Em 28 de janeiro de 1953, o Ministro Provincial Frei Agostino Castrillo responde ao Bispo de Uberaba que esse solicitação da diocese já havia sido encaminhada à Cúria Geral da Ordem, para realizar os procedimentos legais por intermédio da Secretaria das Missões da Ordem. O Provincial também comunicou ao Bispo que, de acordo com o Ministro Geral, o frei Demetrio Calicchio fora designado como delegado para manter contato.

Em 24 de junho de 1953, às nove horas da manhã, durante o Capítulo Provincial da Província de Santa Cruz, realizado em Belo Horizonte, os Definidores assinaram de forma unânime a aprovação do pedido de transferência de “Totum et Solum Territorium Dioceses de Uberaba Quale Et Nunc Est” (Todo e único território da Diocese de Uberaba como é agora) para a Província Salernitana-Lucana dell’Immacolata Concezione.

O título de Fundação Franciscana de Nossa Senhora de Fátima foi escolhido pelo provincial Fr. Agostino Castrillo.

Em 23 de julho de 1953, a bordo do navio “Conte Grande”, partiram do porto de Nápoles com destino a Santos, Brasil, cinco irmãos: frei Egidio Parisi, frei Adalberto Tarallo, frei Gennaro Sacarpetta, frei Lino Giuliano, frei Marcelo De Beaumont e frei Giuliano Cinco. Após uma viagem de 15 dias, os frades desembarcaram no porto de Santos em 07 de agosto de 1953, onde foram recebidos por frei Demétrio e alguns leigos. De Santos, os frades seguiram para a cidade de São Paulo, onde permaneceram por alguns dias no Convento de São Francisco, localizado no Largo de São Francisco.

Em 13 de agosto de 1953, os frades desembarcaram no aeroporto de Uberlândia, marcando o início oficial da presença no território da Fundação. Em Uberlândia, permaneceram os frades Egídio, Linno e Gennaro, enquanto em Araguari ficaram Demetrio, Marcelo, Adalberto e Giuliano.

Os primeiros passos no território

Em 28 de agosto de 1953, Frei Demétrio foi nomeado “delegado provincial” e também responsável de cuidar “da organização da organização da segunda paróquia a ser erigida especialmente no que diz respeito à casa canônica que deveria constituir a futura moradia comunidade religiosa”. Ainda em agosto de 1953, o Congresso Definitorial da Província Salernitano-Lucana definiu os encargos dos frades da Fundação na Diocese de Uberaba.

Os irmãos logo estabeleceram suas residências e atividades nas duas cidades. Em Araguari, alugaram uma pequena casa em frente à Praça Augusto Diniz, a poucos metros da Igreja de Fátima, enquanto a residência definitiva estava sendo construída, na mesma rua, próxima a essa casa. Em Uberlândia, os frades inicialmente residiram na Santa Casa de Misericórdia (hoje Hospital Mater Dei – Santa Genoveva), próximo à capela de Nossa Senhora de Fátima, localizada na periferia da cidade, onde posteriormente adquiriram um imóvel, ao lado da mesma capela, para residência. A paróquia de Nossa Senhora de Fátima em Uberlândia foi estabelecida em 5 de março de 1954.

A primeira visita de um Provincial italiano à Fundação ocorreu em 1957, quando Frei Attilio Mellone partiu de Nápoles para o Brasil em 19 de fevereiro. Essa visita se estendeu até 28 de março. Ao retornar à Itália, o Provincial compartilhou suas experiências com os frades da província e, por meio de uma carta, comunicou à Fundação que durante o Congresso Definitorial anual, foi decidido que para promover o crescimento da Fundação, seria necessário criar um “Seminário Seráfico para a colheita de vocações”. Também foi acordado que o Seminário seria construído em Araguari e que a área agrícola adquirida pelos frades em 1956 (9 hectares) seria usada para a manutenção dos estudantes (fratini). Durante essa mesma reunião do Definitório, nas decisões sobre Uberlândia, se lê: “continuemos a construção do convento para que o andar térreo seja usado como uma escola externa e os dois andares superiores podem servir aos Padres e aos Clérigos. É, então, o desejo ardente do Definitório que comprem o mais rápido possível para o terreno e casas que circundam os novos edifícios; porque se amanhã não será mais possível e vamos ser privados de paz, da reserva e das possibilidades de expansão “.

Em 26 de outubro de 1959, o Definitório atribuiu a Frei Demétrio a responsabilidade de construir o Colégio Seráfico e a igreja. No mês de março de 1960, a inauguração ocorreu e, em 1º de abril, o Seminário Seráfico foi aberto em Araguari, com doze estudantes (fratini) na classe primária. A Província e os frades no Brasil nutriam a esperança de que o Seminário possibilitasse o crescimento da jovem Fundação. A partir de 1964, devido ao aumento do número de classes do ginásio e à inviabilidade de manter professores apenas para os seminaristas, as portas do curso ginasial foram abertas para estudantes da cidade. O colégio foi expandido com a adição de quatro salas de aula e, ao longo dos anos, recebeu uma média de 300 alunos.

Em 10 de março de 1963, na cidade de Canápolis, os frades concluíram a construção de uma escola secundária e deram início ao seu funcionamento.

Abertura para realidade social.

Inicialmente, a Fundação se destacou como uma missão com um forte compromisso pastoral paroquial e uma preocupação significativa pelas vocações religiosas. Diante da necessidade de sustentar essas vocações, os frades expandiram seu alcance para o campo da educação, além de suas atividades nas paróquias. Como mencionado anteriormente, o Seminário Seráfico em Araguari foi ampliado e evoluiu para Colégio de Santo Antônio, abrindo suas portas afim de educar a comunidade local. Também foi criado o Colégio São Francisco.

Gradualmente, os frades ampliaram seu envolvimento no campo da educação. A Fundação chegou a estabelecer cinco escolas sob sua administração. À medida que as autoridades locais assumiram a responsabilidade pela educação pública, os frades começaram a transferir essa responsabilidade para o setor público. A “Escola Paroquial Pio XII” em Uberlândia foi encerrada. Os frades cederam ao Estado de Minas Gerais o controle do “Ginásio São Francisco” em Canápolis e o “Colégio Nossa Senhora de Fátima” em Uberlândia. Além disso, o “Colégio Santo Antônio” e o “Colégio São Francisco de Assis”, ambos em Araguari, foram alugados para escola sob a administração municipal. Com a transição de atividades dos frades em suas próprias escolas, alguns desses passaram a lecionar em instituições públicas.

Uma sensibilidade em relação ao trabalho pastoral social começou a crescer, acompanhada da responsabilidade de auxiliar na organização das pessoas, especialmente as mais empobrecidas. Esse empenho se estendeu para a construção de capelas, a promoção e formação de comunidades, o desenvolvimento de organizações populares de base, a criação de clubes de mães, o estabelecimento de creches comunitárias, bem como a distribuição de alimentos e a prestação de serviços de assistência no âmbito social.

Na área da Justiça, Paz e Integridade da Criação, a pastoral social da Fundação desenvolveu um trabalho de promoção dos direitos, cidadania e justiça socioambiental, abrangendo dois aspectos: a assistência social e as lutas populares. Em Capinópolis, a residência dos frades foi transferida para a Vila São João, um bairro carente, habitado por famílias de trabalhadores rurais temporários. Além disso, o envolvimento com a Comissão Pastoral da Terra (CPT) e as Comunidades Eclesiais de Base (CEBs) foi fortalecido e solidificado, no território

Nessa área da assistência social, os frades colaboraram na fundação de organizações comunitárias em parceria com a população. Essas iniciativas, dos frades e sob a liderança de leigos, incluíram a criação da “Pequena Casa de São Francisco” em Uberaba, destinada a crianças de 0 a 6 anos, uma creche na cidade de Capinópolis e a formação da “CCAU” (Creches Comunitárias Associadas de Uberlândia) em Uberlândia, composta por quatro creches para crianças na mesma faixa etária, além de um “Centro de Formação para Adolescentes”. A “Pequena Casa de São Francisco” em Uberaba e a rede de creches da “CCAU” permanecem em atividade, com trabalho junto a famílias dessas crianças e adolescentes. Na esfera da assistência social, os frades também realizaram um trabalho com famílias necessitadas por meio de um projeto de apadrinhamento à distância chamado “Mano Amica”.

Desde os primeiros anos da década de 1980, os frades da Fundação estiveram ativamente envolvidos e ligados às lutas socio-territoriais no Triângulo Mineiro/Alto Paranaíba. No campo das lutas populares, em parceria com a Comissão Pastoral da Terra, os frades acompanharam solidariamente os trabalhadores rurais em suas lutas como boias-frias, a reestruturação dos sindicatos de trabalhadores rurais e de trabalhadores da educação pública, acompanhamento da agricultura familiar e agroecologia, além da luta pela terra e reforma agrária desde 1985, juntamente com famílias de sem-terra e seus movimentos, e como os sem-teto.

Os frades também participaram ativamente na animação da família franciscana, contribuindo para a formação e apoio às fraternidades da Ordem Franciscana Secular (OFS) e da Juventude Franciscana (JUFRA). Além disso, se dedicaram para concretizar a fundação de um Mosteiro de Clarissas (Mosteiro Monte Alverne), onde as irmãs Clarissas estiveram presentes, na cidade de Uberlândia, oferecendo-lhes assistência.

As vocações e a formação dos frades 

As primeiras vocações surgiram nos primeiros anos, porém, devido à falta de uma estrutura de formação adequada e ao reduzido número de frades na Fundação, optou-se inicialmente por enviar o vocacionado para estudar na Itália. Isso ocorreu com uma vocação, que foi enviada à Itália para realizar sua formação.

A experiência com o Seminário Menor (Seminário Seráfico) em Araguari não produziu resultados satisfatórios no que diz respeito a candidatos à Ordem, mesmo após a abertura para jovens em geral. As famílias estavam mais interessadas em enviar seus filhos para o Seminário visando a educação em uma escola de alta qualidade, e não tanto para vê-los seguindo o caminho da vida religiosa consagrada. Além disso, somando-se à frustração decorrente dos resultados da experiência na Itália, a Fundação atravessou um período de escassa atividade vocacional.

A preocupação com as vocações ressurgiu com grande força na década de 1980, quando um promotor vocacional foi nomeado. Isso resultou no surgimento de novas vocações, e esses aspirantes começaram a ser enviados para estudar na Província da Imaculada Conceição no Brasil.

Também a partir de 1980, quando da chegada de candidatos à Ordem vindos de Belo Horizonte, a Fundação iniciou esforços para estabelecer uma formação inicial própria em seu território. Os frades estabeleceram pequenas casas de acolhimento na periferia e, posteriormente, fundaram um noviciado na região periférica de Capinópolis, na Vila São João.

Essas casas de acolhimento chegaram a um total de 4 em Uberlândia, cada uma com cerca de quatro ou cinco candidatos. Além disso, também houve acolhimento nas casas dos frades em Canápolis, Capinópolis e Araguari. Neste último local, de dezembro de 1982 a dezembro de 1983, funcionou como casa de noviciado especial, com autorização da Cúria Geral, Ministro Geral  John Vongh.

No ano de 1985, a Fundação adquiriu uma pequena casa na periferia de Capinópolis, no bairro São João, onde estabeleceu o noviciado da Fundação. Esse noviciado funcionou durante os anos de 1985 e 1986. A localização escolhida para o noviciado foi em uma região pobre, habitada por trabalhadores rurais conhecidos como “boias frias”. A intenção era a de proporcionar aos noviços a convivência com pessoas que realizavam trabalhos temporários, como colheitas de algodão (na época) ou serviços eventuais. O noviciado foi concebido como um espaço imerso na realidade de famílias em situação de vulnerabilidade e das injustiças sociais e ambientais, buscando viver um franciscanismo entre os segmentos mais marginalizados da sociedade. Essa abordagem buscava uma espiritualidade sensível às manifestações de Deus na história, enxergando através dos olhos daqueles que normalmente são ignorados e excluídos pelo mundo.

Essas pequenas comunidades religiosas, localizadas nas periferias das regiões mais desfavorecidas, tinham como objetivo se tornar uma manifestação concreta da “opção preferencial pelos pobres”. A motivação era não apenas oferecer assistência aos pobres, mas também viver ao lado deles e, na medida do possível, compartilhar suas vidas. A inspiração subjacente era a compreensão de que não bastava apenas trabalhar em prol dos pobres, mas era essencial viver entre eles e, tanto quanto possível, partilhar suas realidades.

O objetivo principal era inserir-se entre os mais pobres, seguindo uma abordagem de evangelização em conformidade com os princípios do Concílio Vaticano II. A vida religiosa consagrada adaptada à realidade da América Latina, com a missão de proclamar a dignidade dos pobres de Deus (Jo 10:10) e denunciar a injustiça e exploração das raízes de tanto sofrimento e dificuldades na vida dos menos excluídos. Essa abordagem era reflexo dos anos de forte ênfase na opção preferencial pelos pobres na Igreja na América Latina, surgida a partir das reuniões dos Bispos do CELAM em Medellín (1968) e ratificada em Puebla (1979).

Contudo, durante as décadas de 1980 e 1990, a Igreja na América Latina enfrentou uma significativa tensão interna. Houve uma clara campanha contra a Teologia da Libertação. Isso impactou nas comunidades eclesiais de base, na opção pelos pobres, na vida religiosa inserida em contextos de injustiça e na pastoral social e nos movimentos sociais. Apesar de algumas exceções, essa tensão foi profundamente sentida na Fundação, levando ao fechamento de algumas casas e à busca por uma formação mais tradicional. Isso gerou, junto com o pequeno número de frades, a ideia de uma falta de uma estrutura de formação adequada e se retornou a prática de enviar estudantes para outras entidades da Ordem no Brasil.

A maioria das pessoas que passaram por esse processo, de formação a partir da vida religiosa inserida em meio popular, são agora leigos engajados tanto na Igreja quanto no campo social. Os resultados desse processo de formação continuam visíveis até hoje, refletindo-se nas comunidades e entre as pessoas, como um fruto duradouro desse trabalho.

Essa disposição em aderir à opção preferencial pelos pobres, a busca por áreas periféricas e a participação nas lutas e movimentos dos menos favorecidos trouxeram à Fundação um novo modo de estar presente e de evangelizar. Um ambiente mais favorável a debates e discussões abertas, nas reuniões mensais de todos os frades da Fundação. Essas reuniões se constituíam em espaço de formação permanente, comunicação e participação dos frades na vida da entidade. Ao mesmo tempo que o trabalho pastoral continuava em realidades diferentes, com a participação dos leigos. Assim foi se mesclando a origem italiana e o jeito mineiro, as novidades e mudanças aos poucos achando seus espaços. O convívio dos frades com os leigos, a aproximação das pessoas com as fraternidades gerava um espírito de convivência. A missão e a evangelização, sempre foram temas de debate e buscas, e ganharam na convivência interna uma busca externa que unia as pessoas numa diversidade.

Juntos numa mesma fraternidade

Em 30 de janeiro de 2015, teve início um novo capítulo na história da Fundação. Ela se uniu à Custódia do Sagrado Coração de Jesus. Nesse dia, o processo de unificação alcançou um momento de grande significado. Atendendo ao desejo do governo geral da Ordem, uma declaração de adesão por escrito foi assinada e endossada pelo Delegado do Ministro Geral, Fr. José Francisco de Cássia dos Santos, da Província da Imaculada Conceição do Brasil, pelo Custódio da Custódia do Sagrado Coração, Fr. Flaerdi Silvestre Valvasori, e por Fr. Emauele Bochicchio, na qualidade de Ministro Provincial da Província Salernitana-Lucana da Imaculada Conceição, Itália, seguida pela assinatura dos frades de profissão solene e temporária e noviços, da Fundação.

Esse momento transcorreu de 26 a 30 de janeiro, na cidade de Franca, durante um retiro e período de reflexão sobre o tema do Ano da Vida Consagrada e a análise do Instrumentum Laboris em preparação para o Capítulo Geral de 2015. O ambiente fraterno e tranquilo, caracterizado por unanimidade, é uma fiel representação do Novo Começo, sendo testemunho de que ao unir essas duas realidades, elas se expandem e se enriquecem mutuamente. Dessa forma, inicia-se um novo capítulo na história.

Nota:

Antes de se integrar à Custódia Franciscana do Sagrado Coração, a Fundação Franciscana de Nossa Senhora de Fátima contava com quinze frades e um postulante. Seu território abrangia a área da antiga diocese de Uberaba, a qual agora compreende quatro dioceses (Uberaba, Patos de Minas, Uberlândia e Ituiutaba). Essa área tem uma extensão de 96.545,8 quilômetros quadrados e contava à época da união com uma população de 2.185.979 habitantes. Essa região corresponde ao Triângulo Mineiro e Alto Parnaíba, situados na parte ocidental do estado de Minas Gerais.

Frei Rodrigo de Castro Amédée Péret, OFM