Nesta última quarta-feira (26), representantes que compõem a articulação nacional da Rede Franciscana para Migrantes – RFM Brasil, estiveram no Ministério da Saúde, na Secretaria de Atenção Especializada à Saúde (SAES), reunidos com a Dra. Flávia Teixeira, Diretora de Programas da Secretaria, para dialogar sobre o SUS e o seu fortalecimento aos grupos vulneráveis.
Participaram da reunião o facilitador nacional da rede Frei João Paulo Gabriel Mendes de Moraes, OFM; a advogada popular Jéssica Lima Rocha, OFS; Ítalo Kant da Ação Franciscana de Ecologia e Solidariedade – AFES, e contamos com a companhia virtual de Frei Rodrigo de Castro Amédée Péret, OFM e Roberto Saraiva, Pastoral do Imigrante da CNBB.
A reunião contou com pautas e observações extremamente importantes quanto à qualidade dos serviços especializados, e com a apresentação de projetos e atividades que as/os franciscanos da rede desenvolvem em suas regiões provocando incidência política, denúncia e profecia quanto ao direito humano à saúde em seu sentido mais amplo. Portanto, projetos que possuem uma pedagogia de incidência interseccional, intersetorial e transversal de defesa das pessoas em situação de vulnerabilidade pela migração.
Flávia deixou claro a importância de juntos colaborarmos para um SUS verdadeiramente humanizado e inclusivo, que perpassa pela necessidade de construirmos políticas públicas robustas aos grupos mais vulneráveis.
A Rede Franciscana para Migrantes (Brasil) fará parte das discussões que envolvem a criação da Política Nacional de saúde para Migrantes, bem como, diálogos que envolvem o fortalecimento da política à saúde dos indígenas, das pessoas em situação de rua e em situação carcerária.
Também foi compromisso assumido a ampliação dos diversos projetos desenvolvidos pela rede, em suas diversas realidades e diversidades, igualmente, o desafio de novos projetos com o envolvimento da SAES.
Esse encontro também teve como objetivo, chamar a atenção para o caráter pedagógico nas políticas públicas contra a xenofobia, o racismo estrutural e o machismo nas estruturas do sistema e em toda sociedade envolvida. O desejo de um SUS mais humanizado, após anos de desmonte político, estende o convite a todos que desejam ver a saúde alcançar a todas e todos em todos os lugares do país, sem distinção.
Jéssica Lima, OFS (Advogada Popular)