LEITURAS (algumas escolhidas para reflexão): Rm 6,3-11 / Lc 24,1-12
Cristo ressuscitou, aleluia!
Depois de apresentar os momentos mais importantes da história da salvação em que Deus criou tudo por um amor infinito, a liturgia nos faz reviver a alegria da ressurreição de Jesus. De fato, desde a criação da humanidade, vemos Deus presente com os seus filhos e filhas para dar-lhes vida, para libertá-los da opressão, para garantir-lhes vida plena e para dar-lhes vitória sobre a morte.
No Domingo, as mulheres discípulas de Jesus que tinham acompanhado a sua morte vão ao túmulo para oferecer-lhe a dignidade e a honra ao Mestre que entregou a sua vida pelos seus. O perfume é um sinal de exalação da presença de uma pessoa que passou a ser usado no rito fúnebre como testemunho de respeito e amor pelo ente querido que morreu. Acontece que as mulheres não entraram no túmulo e não viram Jesus. “Dois homens com roupas brilhantes” perguntam por que estão “procurando entre os mortos aquele que está vivo?” e anunciam: “Ele não está aqui, ressuscitou!”.
São Lucas narra que as mulheres “lembraram das palavras de Jesus, voltaram do túmulo e anunciaram aos Onze e a todos os outros” que Jesus tinham ressuscitado. Os discípulos não acreditaram nelas, contudo Pedro correu ao túmulo, mas “viu apenas os lençóis” que cobriam o corpo de Jesus. Agora o túmulo está vazio e as mulheres são as primeiras testemunhas da vitória da vida sobre a morte. O testemunho delas será confirmado pelas aparições do Ressuscitado aos discípulos. Aí então todos se encherão de alegria.
A grande vitória da vida sobre a morte deixa o Domingo repleto da alegria da Páscoa cristã. A ressurreição abateu o poder da morte que Jesus venceu passando pela cruz. O testemunho de Paulo na carta aos Romanos é contundente dizendo: “sabemos que Cristo ressuscitado dos mortos não morre mais; a morte já não tem poder sobre ele”. Por isso, aqueles que morrem com Cristo, viverão com Ele. Esta certeza deve encher os cristãos de
alegria como filhos e filhas amados por Deus e enviados ao mundo como testemunhas de que a vida vence a morte.
A Páscoa dos cristãos hoje deve ser repleta de alegria e, ao mesmo tempo, deve ser uma ocasião de envio ao mundo, tão ferido de morte, para testemunhar que a vida tem mais poder, é dom de Deus e precisa ser defendida com amor.
Frei Valmir Ramos, OFM